Um grupo de pesquisadores do MD Anderson Câncer Center na Universidade do Texas demonstrou um benefício na utilização de medicamentos chamados betabloqueadores não seletivos em pacientes com câncer de ovário epitelial. O estudo multi-insitucional avaliou as informações médicas de 1425 pacientes submetidas a tratamento de câncer de ovário entre o ano 2000 e 2010. Apesar de ser um estudo retrospectivo, e por isso com poder estatístico baixo, ele é importante pois gera uma hipótese a ser confirmada em estudos futuros.
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Dentre as pacientes analisadas, 269 recebiam algum tipo de medicamento denominado betabloqueador. Os betabloqueadores são medicamentos utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, coronariopatia, entre outras condições. Eles podem ser betabloqueadores seletivos para o bloqueio seletivo dos receptores beta 1 adrenérgicos ou não seletivos.
O benefício do estudo aconteceu particularmente naquelas pacientes que utilizavam os bloqueadores não seletivos, como o propranolol. Os pesquisadores acreditam que essas medicações agem inibindo uma via de sinalização celular implicada na progressão do câncer de ovário (via do receptor ADRB2). É importante ressaltar que mais estudos comprobatórios são necessários para confirmar os achados e dois estudos prospectivos estão em andamento avaliando o papel da combinação de quimioterapia e propranolol em câncer de ovário.
Fonte: ONCOMED
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