quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Dietas, stress e alguns contraceptivos orais são as principais causas da perda de cabelo em mulheres

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Um quinto (20%) das mulheres com mais de 25 anos na Grã Bretanha sofre com a queda de cabelo e a culpa é,sobretudo, das dietas radicais, do aumento do stress e do uso de contraceptivos orais. É o que diz uma pesquisa realizada pelo grupo Philip Kingsley, uma rede britânica especializada no assunto. As informações são do jornal britânico Daily Mail.
De acordo com o estudo, realizado com duas mil pessoas, a maioria das mulheres que sofre com o problema tem entre 54 e 64 anos. Uma em cada oito (12%) tem menos de 35 anos. A queda de cabelo reflete diretamente no comportamento social: 51% das entrevistadas disseram que evitam tirar fotos, 47% contaram que deixam de ir a eventos e 40% evitam conhecer novas pessoas.
O tricologista (médico especialista em cabelo e couro cabeludo) Philip Kingsley, autor da pesquisa, acredita que a prevalência de perda de cabelo é ainda maior do que normalmente se pensa, porque muitas vezes as mulheres sofrem em silêncio. "Infelizmente, 30% das pessoas que sofrem não fizeram nada para resolver o problema, talvez por sentir vergonha de procurar ajuda.", disse Kingsley ao Daily Mail.
A perda de cabelo também pode ser causada pela genética, deficiência de ferro, doença da tireoide, Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e outras alterações hormonais. Mas o especialista ressalta que dietas restritivas, excesso de alimentos processados, stress diário e alguns contraceptivos orais são os fatores que mais desencadeiam o problema.
"O stress crônico pode aumentar os níveis de andrógenos (hormônios masculinos) circulantes no sangue, o que pode levar à calvície", explica Kingsley. "A deficiência de ferritina, ferro armazenado que produz a proteína das células ciliadas, por sua vez, também leva à queda excessiva de cabelo".
Os contraceptivos orais podem causar queda de cabelo quando contêm progestina, uma versão sintética da progesterona (hormônio feminino), com elevado nível de andrógenos.
O especialista ressalta que a perda de cabelo é um problema complexo, pois a maioria das mulheres só percebe a condição quando já perdeu cerca de 15% do volume do cabelo. O que significa que o problema começou muito antes de ela percebê-lo
FONTE: Veja.com (30/09/2015)

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Medicamento contra diabetes reduz risco de morte cardiovascular

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Um novo estudo mostrou que a empagliflozina, medicamento utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2, reduz em 38% a probabilidade de morte por eventos cardiovasculares e em 32% por qualquer causa em pacientes com alto risco de complicações cardíacas. Os dados foram apresentados durante o Encontro Anual da Associação Europeia para o Estudo de Diabetes, realizado em Estocolmo, e publicados simultaneamente na revista científica New England Journal of Medicine.
"Essa é a primeira vez na história que um medicamento antidiabético se mostra eficaz na redução de eventos cardiovasculares, que são a principal causa de morte destes pacientes", diz o cardiologista José Kerr Saraiva, chefe do serviço de cardiologia do Hospital Universitário da PUC-Campinas e um dos autores do estudo. "Até agora, todas as pesquisas realizadas com outros medicamentos mostraram que eles não tinham nenhum efeito sob o risco cardiovascular ou, em um caso específico que foi inclusive retirado do mercado, aumentava esse risco. Por isso, esse estudo é um grande marco e foi recebido com muito ânimo pelos cardiologistas", explicou.

O estudo EMPA-REG descobriu que o Jardiance, nome comercial do medicamento, também mostrou que as hospitalizações por insuficiência cardíaca crônica caíram em 35%. Após três anos de acompanhamento, 10,5% dos participantes no grupo de Jardiance sofreram um infarto, AVC ou morreram por outras causas cardiovasculares, em comparação com 12,1% dos pacientes que tomaram o placebo. O que corresponde a uma redução relativa de 14% no risco destes eventos.De acordo com Saraiva, os resultados são ainda mais surpreendentes porque quase 80% dos participantes já utilizavam medicamentos para controlar o diabetes, a pressão arterial e o colesterol. Mesmo durante o estudo, estes pacientes puderam continuar os tratamentos.

Sabe-se que a redução do açúcar no sangue (efeito dos medicamentos antidiabéticos) já tende a reduzir o risco cardiovascular. Entretanto, os autores do estudo acreditam o efeito benéfico de Jardiance na redução destes eventos esteja relacionada com outros efeitos do medicamento, como a capacidade em reduzir a pressão sanguínea, o peso e a rigidez arterial.

Problemas cardiovasculares como ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) e doença coronariana são as principais causas de morte de metade dos pacientes com diabetes tipo 2 ao redor do mundo. Isso acontece porque o excesso de açúcar no sangue traz serie de transtornos metabólicos que danificam o coração e os vasos sanguíneos. No caso de pacientes diabéticos que já correm um risco elevado de complicações cardíacas, como pessoas que já tiveram um AVC, infarto ou que têm artérias obstruídas -, a expectativa de vida se reduz em, em média, 12 anos.

A empagliflozina é produzida em parceria pelas farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly e pertence a uma classe de medicamentos chamada inibidores de SGLT2, que ajudam excretar o excesso de açúcar do sangue pela urina. Por isso, estes remédios são contra indicados para pacientes com problemas renais. Os efeitos colaterais incluem desidratação, baixo nível de açúcar no sangue e infecções urinárias. O tratamento está disponível no Brasil desde março e custa, em média, 185 reais por mês.


FONTE: veja.com 28/09/2015

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Medicamento para diabetes pode ajudar no tratamento de leucemia, diz pesquisa

Estudo publicado na revista “Nature” revela que um remédio utilizado no tratamento de diabetes pode ajudar a combater a leucemia mielóide crônica (LMC), tipo de câncer que afeta o sangue. Durante a pesquisa, cientistas ministraram o medicamento ao mesmo tempo em que realizavam os procedimentos do tratamento padrão e constaram que os que eram submetidos ao novo remédio eram mais propensos a ficar mais tempo sem apresentar a doença.
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Os cientistas ministraram uma combinação da droga Pioglitazona, utilizada em pacientes diabéticos, juntamente com o tratamento padrão em 24 pacientes com organismo já resistente ao método padrão. Depois de um ano, mais de 50% deles estavam na remissão, ou seja, em estado de normalidade. Além disso, os três primeiros a receberem o tratamento não apresentaram recorrência da doença nos cinco anos que se seguiram. O novo método pode ser uma opção para os pacientes que se tornaram resistentes à terapia convencional.
A expectativa é de que o tratamento também seja eficaz no combate a outros tipos de câncer. O tratamento convencional da leucemia inclui, entre outros, o remédio Imatinibe.
“As perspectivas para pessoas com leucemia têm melhorado drasticamente desde a introdução de medicamentos como o Imatinibe, mas para alguns pacientes essas drogas nem sempre são eficazes”, afirmou Peter Johnson, chefe clínico da Cancer Research UK.

Fonte: CRF-RJ (Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro).

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Veja as suspensões da Anvisa




Agência suspende vermífugo Mentelmin
A Anvisa determinou a suspensão do medicamento MENTELMIN (mebendazol), 100 mg, comprimido, da empresa Theodoro F. Sobral & Cia Ltda.

A empresa, que já havia solicitado à Anvisa o cancelamento da apresentação do medicamento em junho de 2013, informou à Agência o recolhimento voluntário dos lotes que ainda estão no mercado.

O medicamento é indicado para o tratamento de verminoses em adultos e crianças.

A determinação está na Resolução 2.673/2015 publicada nesta quarta-feira, 23, no Diário Oficial da União (DOU).
Suspenso lote do antidepressivo Venforin
A empresa EMS Sigma Pharma comunicou recolhimento voluntário do lote 688317 do Venforin (cloridrato de venlafaxina), 150mg, com validade até outubro de 2016. O medicamento é indicado para o tratamento da depressão, incluindo ansiedade associada, prevenção de recaídas e recorrência da doença.

O lote citado contém em sua embalagem blisters do medicamento Itraspor (itraconazol) 100 mg. O produto é indicado no tratamento de infecções fúngicas.

Com a confirmação da troca das embalagens, a Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comércio e uso do produto.

A empresa deve promover o recolhimento do estoque existente no mercado.

A medida está na Resolução 2.672/2015 publicada nesta quarta-feira (23/9) no Diário Oficial da União (DOU).


Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A Doença de Alzheimer é transmissível?

A suspeita de que condições neurodegenerativas poderiam ser transmitidas entre pessoas despontou na mente de cientistas entre o fim dos anos de 1950 e 1985, quando observações e experimentos ofereceram as primeiras evidências de que uma enfermidade rara e fatal, a doença de Creutzfeldt–Jakob (DCJ), passaria de animal para animal e, em condições muito incomuns, entre humanos.
Pesquisadores da Universidade College of London, no Reino Unido, apresentam, em edição da revista Nature, um estudo pioneiro que fornece indícios de que esse fenômeno pode ocorrer com a doença de Alzheimer (DA). Especialistas alertam, contudo, que os resultados devem ser compreendidos com cautela por se tratar de uma condição bem específica de contaminação.A pesquisa, encabeçada por John Collinge e Sebastian Brandner, mostra que pessoas tratadas com hormônio do crescimento humano retirado do cérebro de doadores mortos desenvolveram DCJ e uma característica marcante do Alzheimer: o depósito da proteína beta-amiloide. O acúmulo nos pacientes, que também tinham falecido, foi verificado na glândula pituitária. O estudo não demonstra, porém, se eles desenvolveriam a DA se tivessem vivido o suficiente: os donos dos oito cérebros analisados sucumbiram à DCJ ainda jovens, com idade entre 36 e 51 anos.

Collinge e Brandner fizeram uma descrição detalhada das alterações nos oito órgãos. As pessoas haviam recebido hormônio do crescimento entre 1958 e 1985 e, posteriormente, desenvolveram a DCJ, doença provocada por uma espécie de proteína mutante, chamada príon. Além das alterações cerebrais inerentes à DCJ, sete dos examinados tinham depósitos de beta- amiloide, o que levou os cientistas a imaginarem que essas proteínas, ou talvez as células precursoras delas, possam ser transmitidas da mesma forma que os príons. Nesse caso, pelas injeções de hormônio do crescimento oriundo de cadáveres.
Baseado nisso, não é impossível pensar que a doença de Alzheimer possa ser transmitida por meio de equipamentos médicos, uma vez que proteínas patológicas são resistentes a procedimentos de esterilização. “São resultados que valem a reflexão. Já sabíamos que os príons e a DCJ (doença de Creutzfeldt–Jakob) podem ser passados por procedimentos médicos, e nossos achados nos fazem pensar se isso é relevante para o Alzheimer e o Parkinson. No entanto, precisamos de mais pesquisas. Não é o caso de criar qualquer tipo de alarde”, assegura Collinge.
Professor de neurobiologia molecular da Kings College London, também no Reino Unido, Roger Morris conta que, entre 1958 e 1985, mais de 1,8 mil pessoas receberam um tratamento que pode ter resultado em contaminação que desencadearia o Alzheimer. As novas regras médicas, garante o especialista, evitam esse tipo de problema. “Medidas já foram postas em prática para evitar mais casos em que uma possível transmissão de Alzheimer ocorreria por tabela”, diz. Hoje, utiliza-se hormônio do crescimento sintético e poucos países ainda dependem da substância obtida de doadores falecidos.
Morris acredita que a pesquisa estimulará mais pesquisas sobre os elementos comuns de doenças neurodegenerativas devastadoras e, com isso, proporcionará novos insights e oportunidades para o desenvolvimento terapêutico. Ele ressalta que o estudo, de forma alguma, significa que a ciência e a medicina mudarão o olhar sobre o Alzheimer, deixando de vê-lo como uma doença particular, algumas vezes relacionada à idade e outras à genética, para abordá-lo como infecção transmitida. “Mas o estudo é um marco por fornecer, pela primeira vez, evidência em humanos de um mecanismo de propagação da doença que já sabíamos existir a partir de estudos experimentais em ratos: as beta-amiloides formadas nos cérebros de pacientes com Alzheimer, se injetadas no cérebro normal, infectam também o hospedeiro”, ressalta.


Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Prevenção no DNA

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O mapeamento do genoma humano representou um avanço sem precedentes para a medicina. Hoje, sabe-se que fatores genéticos estão presentes em patologias das mais variadas especialidades médicas, seja determinando, seja contribuindo, em conjunto com outros fatores ambientais e não genéticos, para a eclosão de doenças. Esse conhecimento pode ajudar a evitar enfermidades antes mesmo da concepção, no caso de uma reprodução assistida. Há ainda importantes testes durante a gestação que preparam familiares e especialistas para uma atenção especial no parto.
Segundo Marcos Aguiar, professor de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador do Serviço de Genética do Hospital das Clínicas, quando se pensa na genética em função da prevenção, a primeira coisa a se fazer é uma história familiar. “Por meio dela, sabemos se há risco aumentado para algumas doenças. Temos exames para identificar isso, embora ainda exista uma série de limitações”, diz
Aguiar explica que, para a maioria das patologias, principalmente as mais comuns, ainda não se sabe exatamente como é a interação entre os fatores genéticos e os ambientais. “Já foram identificados, por exemplo, muitos genes relacionados ao diabetes, mas poucos daqueles que definem se a pessoa terá ou não a doença”, ressalta.
Esses são os chamados genes de predisposição. “Quando a pessoa tem uma mutação, pode ter uma chance maior de desenvolver a doença. É preciso que fique claro que não significa que ela vai ter o problema. Trata-se de uma indicação de uma probabilidade maior”, ressalta Aguiar. Segundo o especialista, a grande questão é que a maioria das doenças, as mais comuns, não depende apenas de fatores genéticos, mas também dos externos.
“No caso de um diabético, mais importante do que identificar os genes é fazer uma dieta adequada. O mesmo se aplica àqueles com histórico familiar de cardiopatias isquêmicas, como o infarto. Nessa condição, mais importante do que fazer um estudo genético é praticar exercício físico e ter uma dieta saudável”, exemplifica.
Aguiar explica que a genética ajuda muito na identificação de grupos de risco. Como entre pessoas com um histórico familiar de câncer, já que existem alguns tumores malignos com natureza genética. “Se for encontrada uma mutação de gene, não significa que a pessoa necessariamente terá câncer. Uma mutação nos BRCA1 e BRCA2, por exemplo, indica uma maior probabilidade de a mulher ter câncer de mama e de ovário e de o homem ter câncer de mama e de próstata”, pondera.
Mais indicados
Quando procurar um geneticista? Para Aguiar, as situações mais comuns são quando existe uma doença genética bem estabelecida na família, como fibrose cística, anemia falciforme, síndrome de Down e outras máformações, além do câncer. Outra situação são casais que planejam engravidar e têm um filho, parente próximo ou são consanguíneos de alguém com má-formação.
Mulheres com histórico de abortamento de repetição, que tiveram um filho natimorto e aquelas com mais de 35 anos também podem se beneficiar de uma investigação desse tipo. “O geneticista pode ajudar na prevenção para que os problemas não ocorram de novo ou informar sobre os riscos para que as pessoas tomem suas decisões reprodutivas”, explica.
O Projeto Genoma Humano representou uma revolução em relação às gestações de risco, ao tratamento fetal e ao aconselhamento familiar. Segundo Anisse Chami, médica geneticista do Grupo Hermes Pardini e da Rede Mater Dei de Saúde, ao se pensar em genética e prevenção, é preciso considerar os cuidados maternos para evitar má-formações congênitas e doenças genéticas antes mesmo da gravidez.
“O uso do ácido fólico evita defeitos do tubo neural, estrutura que forma o sistema nervoso central. O consumo de álcool durante a gestação pode causar graves e diversos problemas para o feto, culminando, inclusive, em um quadro chamado síndrome alcoólica fetal. Doenças maternas como lúpus eritematoso sistêmico, obesidade e diabetes melitus devem ser controladas, pois estão associadas a má-formações congênitas. Determinados medicamentos de uso controlado, muitas vezes, também requerem substituições por outros que não causariam problemas fetais”, lista Chami.
Gravidez assistida
Segundo Rívia Mara Lamaita, ginecologista especialista em infertilidade, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenadora do Centro de Reprodução Humana da Rede Mater Dei de Saúde, ainda entre os cuidados pré-gestacionais, existe a possibilidade de fazer um diagnóstico genético pré-implantacional (PGD). Nesse tipo de rastreamento, depois de identificada alguma doença genética na família do pai ou da mãe, pesquisa-se se alguns dos embriões candidatos à implantação têm a mesma mutação para que seja evitada a implantação de um embrião não saudável.
A outra opção é o screening cromossômico pré-gestacional (PGS), que avalia casais com risco reprodutivo aumentado de ter anomalias cromossômicas por causa da idade, por exemplo. O acesso a esses exames, entretanto, ainda é pequeno — o PGS custa entre R$ 6 mil e R$ 8 mil, por exemplo. Por outro lado, eles podem garantir, se identificada alguma dessas situações, a possibilidade de fazer uma seleção de embriões com o objetivo de evitar uma doença gênica. “É possível ainda eleger o melhor embrião para uma gravidez saudável, o que também pode diminuir a incidência de gestação múltipla”, explica Rívia.

FONTE: CFF 22 de Setembro de 2015.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Câncer de Ovário: Novos estudos para tratamento.


Um grupo de pesquisadores do MD Anderson Câncer Center na Universidade do Texas demonstrou um benefício na utilização de medicamentos chamados betabloqueadores não seletivos em pacientes com câncer de ovário epitelial. O estudo multi-insitucional avaliou as informações médicas de 1425 pacientes submetidas a tratamento de câncer de ovário entre o ano 2000 e 2010. Apesar de ser um estudo retrospectivo, e por isso com poder estatístico baixo, ele é importante pois gera uma hipótese a ser confirmada em estudos futuros. 
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Dentre as pacientes analisadas, 269 recebiam algum tipo de medicamento denominado betabloqueador. Os betabloqueadores são medicamentos utilizados no tratamento de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, coronariopatia, entre outras condições. Eles podem ser betabloqueadores seletivos para o bloqueio seletivo dos receptores beta 1 adrenérgicos ou não seletivos. 
O benefício do estudo aconteceu particularmente naquelas pacientes que utilizavam os bloqueadores não seletivos, como o propranolol. Os pesquisadores acreditam que essas medicações agem inibindo uma via de sinalização celular implicada na progressão do câncer de ovário (via do receptor ADRB2). É importante ressaltar que mais estudos comprobatórios são necessários para confirmar os achados e dois estudos prospectivos estão em andamento avaliando o papel da combinação de quimioterapia e propranolol em câncer de ovário.



Fonte: ONCOMED

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Pesquisas clínicas sobre Fosfoetanolamina não foram encaminhadas à Anvisa.


Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais e em outros veículos de comunicação a informação sobre uma substância chamada Fosfoetanolamina. Tal substância teria sido desenvolvida por um cientista da Universidade de São Paulo (USP), com resultados favoráveis no combate ao câncer. De acordo com as notícias, o produto estaria sendo distribuído, gratuitamente, aos interessados.
Antes de qualquer medicamento ser disponibilizado para uso do Brasil, é necessária a avaliação de ensaios clínicos. Essa análise tem por finalidade atestar a eficácia e a segurança do produto que será registrado como medicamento no País.
Em alguns casos, a Agência pode autorizar o acesso a medicamentos que ainda não tiveram ensaios clínicos concluídos ou obtiveram registro na Anvisa, como no caso de Uso Compassivo, Acesso Expandido ou por meio do Programa de Fornecimento de Medicamento Pós-Estudo. A venda ou distribuição de qualquer medicamento sem registro, fora do contexto de uma pesquisa clínica aprovada ou fora de qualquer outro programa de acesso à medicamentos experimentais, é uma prática irregular segundo os princípios de segurança adotados pelas principais agências reguladoras de medicamentos do mundo.
No caso da Fosfoetanolamina, a Anvisa não recebeu qualquer pedido de avaliação para registro desta substância, tampouco pedido de pesquisa clínica, que é a avaliação com pacientes humanos. Isto significa que não há nenhuma avaliação de segurança e eficácia do produto realizada com o rigor necessário para a sua validação como medicamento.




Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Composto encontrado no chocolate amargo e no vinho pode tratar o Alzheimer

Pesquisadores da Universidade de Georgetown, nos EUA, descobriram que o resveratrol, um composto encontrado no chocolate amargo e no vinho, pode interromper o avanço do mal de Alzheimer. O estudo analisou 119 participantes divididos em dois grupos. O primeiro recebeu doses da substância em seu estado puro e o segundo tomou placebo. Todas as pessoas que fizeram parte da pesquisa têm graus leves ou moderados de demência devido ao Alzheimer.
Cientistas acreditam que a diminuição na quantidade de proteínas amilóides pode ser uma das causas principais do desenvolvimento do Alzheimer. Geralmente, quando os níveis de amilóide-beta 40 diminuem, a doença se agrava. Após um ano tomando o resveratrol, o primeiro grupo mostrou pouca ou nenhuma mudança nos níveis de amilóide-beta 40. Já o segundo grupo, mostrou uma diminuição no composto.
Assim, o fato de eles não mudarem após o uso do resveratrol indica que os cientistas podem ter encontrado uma forma de frear o Alzheimer. Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores não acreditam que o estudo seja conclusivo e preferem não chamar o resveratrol de droga milagrosa. “Não podemos concluir a partir deste estudo que os efeitos do tratamento com resveratrol são definitivos”, afirmou R. Scott Turner, diretor do programa de desordens memoriais da Universidade de Georgetown, em um comunicado.
Mesmo que a substância seja útil para o tratamento, o usuário comum não é capaz de replicar os efeitos da droga. Seria preciso beber mil garrafas de vinho por dia para chegar à quantidade de dois gramas utilizada pelos cientistas. O exame de ressonância magnética também revelou um resultado inesperado. As pessoas tratadas com o resveratrol perderam mais volume cerebral.
Segundo os cientistas, isto pode significar que o composto também pode reduzir o inchaço do cérebro dos pacientes. "Não temos certeza de como interpretar este achado”, diz Turner. A droga ainda não está disponível comercialmente. Contudo, outras formas puras da substância podem ser encontradas em farmácias.
Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Teste genético para identificar cânceres de mama e ovário pode levar a mudanças no tratamento clínico

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Testes multigênicos para cânceres hereditários de mama e de ovário são mais eficientes para identificar mutações do que a simples pesquisa dos genes BRCA1 e BRCA2, segundo estudo publicado na respeitada revista médica “JAMA Oncology”. Pesquisadores de três grandes centros avaliaram os painéis genéticos de mais de 1000 pacientes submetidas a esse teste, após confirmação que eram negativas para mutações BRCA1/2. Foram analisados até 29 genes que possuem as condições para o surgimento desses cânceres. O exame identificou mutações predisponentes em 4% das mulheres, a maioria de baixo e médio risco para cânceres de mama, de ovário e genes relacionados à Síndrome de Lynch.
A identificação dessas mutações provocará mudanças na pesquisa e prevenção de tumores em, aproximadamente, 50% das pacientes sem alterações nos genes BRCA1/2, segundo os pesquisadoresEles ainda afirmam que esse teste genético deveria ser recomendado para 75% dos parentes de primeiro grau dessas mulheres. Com base nisso, os autores concluem que a identificação dessas mutações provavelmente mudarão abordagens para a maioria das pacientes e para suas familiais em curto e em longo prazos,  além de mudanças nos manuais de diretrizes e, finalmente, nos resultados terapêuticos obtidos.
Fonte: InORP (Instituto Oncológico de Ribeirão Preto)

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Medicamentos Fitoterápicos

 São considerados medicamentos fitoterápicos os obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais.
    Os medicamentos fitoterápicos, assim como todos os medicamentos, são caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. A eficácia e a segurança devem ser validadas através de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas em bibliografia e/ou publicações indexadas e/ou estudos farmacológicos e toxicológicos pré-clínicos e clínicos.
  A qualidade deve ser alcançada mediante o controle das matérias-primas, do produto acabado, materiais de embalagem e estudos de estabilidade.
Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)

Esclarecimento: tempo máximo de tratamento que as receitas contendo medicamentos à base de sibutramina podem conter

                                                                     
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   A Anvisa publicou uma nota técnica esclarecendo qual é o tempo máximo de tratamento que cada prescrição médica contendo medicamentos à base de sibutramina pode conter. Isso porque após a edição do Decreto Legislativo 273, de 4 de setembro de 2014, a Agência recebeu alguns questionamentos sobre qual seria o prazo a ser respeitado nas receitas médicas com sibutramina.
    Após uma avaliação da Procuradoria Federal junto à Anvisa, o entendimento é que cada prescrição médica contendo o medicamento deve conter a quantidade necessária para tratamento em período  igual ou inferior a 60 dias. Este é o prazo que deverá ser observado pelos prescritores, varejo farmacêutico e pela própria vigilância sanitária durante as atividades de fiscalização.
Fonte: Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)