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A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sus (Conitec) abriu uma enquete a fim de receber contribuições para atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). O protocolo de dor crônica é um dos que poderão ser ampliados, podendo receber revisão no padrão de tratamento, pois não prevê a padronização de, por exemplo, oxicodona, um medicamento da classe dos opióides, cerca de duas vezes mais potente que a morfina, com eficácia comprovada para o tratamento dessas dores.
Segundo Eduardo Aguiar, oncologista pediátrico e diretor médico da Mundipharma, a enquete é uma importante forma de chamar atenção à importância da disponibilização e aumento da variedade de medicamentos para dor crônica. Afirma que apesar da morfina ser a indicação mais comum para tratamento, cerca de 25% dos pacientes, de dor crônica, não respondem à substância, necessitando de outro opióide como alternativa. "Estudos apontam que, de maneira geral, a troca para oxicodona melhora significativamente o controle da dor em 96% dos pacientes não-respondentes à morfina. Isso representa um enorme ganho na qualidade de vida destas pessoa", destaca.
A taxa brasileira de prescrição de opióide é uma das menores do mundo. Aguiar aponta levantamentos internacionais que indicam 192,9 mg ao ano por pessoa como taxa ideal, enquanto no Brasil é de apenas 7,8 mg ao ano, número 25 vezes menor. Apesar disso, cerca de 40% da população brasileira sofre da doença. Segundo ele, esse cenário evidencia claramente a existência do "subtratamento da dor", onde quem sofre é o paciente.
Fonte: CFF (Conselho Federal de Farmácia).
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