Imagem Ilustrativa |
A febre de chikungunya é uma virose transmitida pela
picada das fêmeas dos mosquitos Aedes
aegypti e Aedes albopictus; apresenta um período de incubação no
ser humano, em média, de 3 a 7 dias, podendo variar de 1 a 12 dias, e pode
apresentar a viremia (o vírus presente no sangue circulante) por até 10 dias,
sendo que as manifestações clínicas poderão aparecer apenas 2 dias pós o início
desta. Há também a possibilidade de transmissão vertical, ou seja, transmissão
da mãe para o feto ou para o neonato; ocorrendo quase que exclusivamente
durante o período de intraparto em gestantes, provocando muitas vezes infecção
grave nos neonatos; entretanto o vírus não é transmitido pelo aleitamento
materno.
Clinicamente,
os sinais e sintomas são semelhantes aos da dengue (febre de início agudo, cefaléia,
náusea, dores articulares e musculares, fadiga e exantema), entretanto as
fortes dores nas articulações são as manifestações clínicas que as difere. Após a fase
aguda, a enfermidade pode progredir para outras duas fases: a fase subaguda e a
fase crônica; enfocaremos aqui apenas na fase aguda e sua correspondente
farmacoterapia. Nesta fase, as manifestações características são febre de
início súbito, contínua, bifásica e intermitente, fadiga, cefaléia, fortes dores nas
articulações e dores nas costas, perdurando em média 7 dias.
Infelizmente,
até o presente momento, não há tratamento antiviral específico, sendo a terapia
adotada a de suporte sintomático. Para dar suporte aos sintomas os fármacos escolhidos
são o paracetamol (a droga de escolha) e a dipirona (para o alívio das dores e
da febre) nas dosagens padrões; quando ocorre a persistência das dores a
codeína pode ser associada ao tratamento. O tramadol pode ser utilizado quando
as dores elevam-se para moderadas a intensas e que não responderam ao
tratamento inicial, no entanto o tramadol deve ser utilizado com cautela em
idosos, pacientes com doença renal ou hepática e em pacientes com histórico de
convulsões. Os demais anti-inflamatórios, não esteroidais, como o diclofenaco,
ibuprofeno, naproxeno, etc, devem ser evitados nesta fase, pois há a possibilidade
de ser dengue; os corticosteroides nesta fase também devem ser evitados.
Além do
tratamento medicamentoso é recomendável: a hidratação oral do paciente com o
consumo médio de 2 litros de água por dia, compressas frias visando a analgesia,
aplicando-as por 20 minutos a cada 4 horas e o devido repouso que evitará a
progressão da doença para as fases subaguda e crônica. É de extrema importância
evitar a auto-medicação e, se porventura ocorrer o aparecimento dos sintomas citados
acima, um médico deverá ser consultado.
Referências:
- BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre de Chikungunya: manejo clínico . 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
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