quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

MP-Procon orienta a suspensão da venda de mais de 40 medicamentos na Paraíba

Uma recomendação do Ministério Público - Procon desta quinta-feira (21) indica a suspensão da comercialização de 42 medicamentos nas farmácias da Paraíba. A orientação pela retirada dos remédios atende a um relatório divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que encontrou problemas nos medicamentos que passam desde falta de registro até a mudança na composição sem conhecimento da agência.
O documento com a recomendação é previsto para ser assinado na manhã desta quinta-feira. Além do MP-Procon, a Vigilância Sanitária Estadual, os Procons de João Pessoa e Cabedelo, a OAB-PB, e os Conselhos Regionais de Medicina e Farmácia também referendam a orientação com base no relatório da Anvisa.
Segundo o promotor Glauberto Bezerra, titular do MP-Procon, o objetivo é garantir a segurança dos consumidores ao evitar  a exposição a situações que lhes coloquem em risco à saúde, em decorrência da ingestão de medicamentos fora dos padrões sanitários. A lista com os medicamentos pode ser conferida no link abaixo:

Medicamentos irregulares em 2016 pela Anvisa

Fonte: G1 Paraíba

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Maus hábitos são responsáveis por 80% dos casos de câncer


Fumar, beber, exposição ao sol e poluição do ar, são responsáveis por até nove em cada dez casos de câncer. É o que diz um estudo publicado nesta quinta-feira, na revista científica Nature.
A descoberta contraria uma pesquisa anterior, segundo a qual 65% dos tumores seriam causados por erros aleatórios na divisão celular, o que estaria fora de nosso controle. De acordo com o novo trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Stony Brook, em Nova York, nos Estados Unidos, estas mutações seriam responsáveis por, no máximo, 30% dos tumores. Dessa forma, muitos casos seriam evitáveis se "eliminássemos" todos os fatores externos de risco.
Os pesquisadores utilizaram diversas abordagens, incluindo modelos de computação, dados populacionais e genéticos. "Fatores externos desempenham um papel importante e as pessoas não podem mais utilizar a 'má sorte' como desculpa [para o câncer]", disse Yusuf Hannun, um dos autores, à rede britânica BBC.
Outras evidências utilizadas pelos cientistas vieram de estudos anteriores que mostraram que imigrantes provenientes de locais de baixa incidência de câncer, ao se mudarem para países com alta incidência da doença, acabavam desenvolvendo as mesmas taxas de ocorrência de tumores da população local. Isso salienta o fator ambiental, em detrimento do biológico ou genético.
Os pesquisadores ressaltaram que alguns cânceres são de fato desencadeados por mutações genéticas, mas isso é raro. Os mais prevalentes são causadas por fatores ambientais. Por isso, eles ressaltaram a importância de considerá-los na prevenção e diagnóstico.
Fonte : Veja

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Anvisa aprova medicamentos para câncer e vacina para poliomielite 1,2 e 3.

A Anvisa concedeu nesta segunda-feira (11/1) o registro da vacina contra a poliomielite 1, 2 e 3 para a Fundação Oswaldo Cruz. Será a primeira vez que uma empresa pública brasileira fabricará o produto.


Nesta segunda, a Agência também publicou a concessão do registro a mais um medicamento genérico ainda inédito no mercado brasileiro. Trata-se do Exemestano, um antineoplásico indicado para o tratamento de mulheres na pós menopausa, com câncer de mama inicial. O medicamento ajuda a reduzir o risco de o câncer se alastrar para a outra mama.

O Exemestano será fabricado pelo laboratório Accord. O genérico inédito cria novas alternativas para médicos e pacientes e estabelece uma concorrência um um mercado até então sem concorrência.

Outra novidade é o registro do antineoplásico Tafinlar, cujo nome do princípio ativo é mesilato de dabrafenibe. Trata-se de um produto novo indicado para o tratamento de pacientes com melanoma metastásico. Será fabricado pelo Laboratório Glaxosmithkline Brasil.



FONTE: ANVISA

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Considerações sobre a Fase Aguda da Febre de Chikungunya

Imagem Ilustrativa
A febre de chikungunya é uma virose transmitida pela picada das fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus; apresenta um período de incubação no ser humano, em média, de 3 a 7 dias, podendo variar de 1 a 12 dias, e pode apresentar a viremia (o vírus presente no sangue circulante) por até 10 dias, sendo que as manifestações clínicas poderão aparecer apenas 2 dias pós o início desta. Há também a possibilidade de transmissão vertical, ou seja, transmissão da mãe para o feto ou para o neonato; ocorrendo quase que exclusivamente durante o período de intraparto em gestantes, provocando muitas vezes infecção grave nos neonatos; entretanto o vírus não é transmitido pelo aleitamento materno.
          Clinicamente, os sinais e sintomas são semelhantes aos da dengue (febre de início agudo, cefaléia, náusea, dores articulares e musculares, fadiga e exantema), entretanto as fortes dores nas articulações são as manifestações clínicas que as difere. Após a fase aguda, a enfermidade pode progredir para outras duas fases: a fase subaguda e a fase crônica; enfocaremos aqui apenas na fase aguda e sua correspondente farmacoterapia. Nesta fase, as manifestações características são febre de início súbito, contínua, bifásica e intermitente, fadiga, cefaléia, fortes dores nas articulações  e dores nas costas, perdurando em média 7 dias.   
          Infelizmente, até o presente momento, não há tratamento antiviral específico, sendo a terapia adotada a de suporte sintomático. Para dar suporte aos sintomas os fármacos escolhidos são o paracetamol (a droga de escolha) e a dipirona (para o alívio das dores e da febre) nas dosagens padrões; quando ocorre a persistência das dores a codeína pode ser associada ao tratamento. O tramadol pode ser utilizado quando as dores elevam-se para moderadas a intensas e que não responderam ao tratamento inicial, no entanto o tramadol deve ser utilizado com cautela em idosos, pacientes com doença renal ou hepática e em pacientes com histórico de convulsões. Os demais anti-inflamatórios, não esteroidais, como o diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno, etc, devem ser evitados nesta fase, pois há a possibilidade de ser dengue; os corticosteroides nesta fase também devem ser evitados.
          Além do tratamento medicamentoso é recomendável: a hidratação oral do paciente com o consumo médio de 2 litros de água por dia, compressas frias visando a analgesia, aplicando-as por 20 minutos a cada 4 horas e o devido repouso que evitará a progressão da doença para as fases subaguda e crônica. É de extrema importância evitar a auto-medicação e, se porventura ocorrer o aparecimento dos sintomas citados acima, um médico deverá ser consultado.  

Referências:                             

  • BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Febre de Chikungunya: manejo clínico . 1. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Medicamentos X Etanol

Imagem ilustrativa.
O etanol é uma substância que pertence à classe dos depressores do sistema nervoso central.
O consumo exacerbado do etanol gera grandes danos ao organismo humano, como o comprometimento de diversos órgãos, principalmente fígado, cérebro, coração, pâncreas e rins.
O etanol tem a capacidade de se difundir rapidamente por todo o compartimento aquoso, podendo atravessar as barreiras hematoencefálicas e placentárias.
O uso concomitante do etanol e medicamentos é contra indicado, pois o álcool pode alterar o efeito terapêutico dos fármacos.
A interação do álcool com fármacos depressores do sistema nervoso central, como os antidepressivos, ansiolíticos, entre outros, resulta no aumento do efeito depressor central constituindo grave ameaça à vida.
O uso de inibidores da aldeído desidrogenase, como o dissulfiram, metronidazol, associados com o etanol causam sintomas como náusea, vômito, cefaléia, que podem evoluir para uma depressão respiratória, arritmias cardíacas, convulsões e morte.
Os inibidores da monoamino-oxidase (IMAO) se utilizados em conjunto com o etanol pode causar uma crise hipertensiva no paciente. 

Referência:
  • Oga, S. ; Basile, A. C. ; Carvalho, M. F. . Guia Zanini-Oga de interações medicamentosas: base teórica das interações. Atheneu Editora. São Paulo. 2002.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Anvisa registra primeira vacina contra dengue no Brasil

Foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (28/12) o registro concedido pela Anvisa para a vacina contra dengue produzida pela empresa Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. A Dengvaxia® - vacina dengue 1, 2, 3 e 4 (recombinante, atenuada) foi registrada como produto biológico novo, de acordo com a Resolução - RDC nº 55, de 16 de dezembro de 2010. O registro permite que a vacina seja utilizada no combate à dengue. Vale destacar que a vacina não protege contra os vírus Chikungunya e Zika.
Para validar a vacina, a primeira contra a dengue registrada no Brasil, a Anvisa observou a comprovação da qualidade, segurança e eficácia do produto, além da certificação de cumprimento das Boas Práticas de Fabricação e as respectivas autorizações sanitárias para o funcionamento da empresa fabricante. A análise de todos esses dados foi pautada na relação benefício x risco da vacina. 
O dossiê de registro foi submetido pela empresa Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda em 31/03/2015, sendo priorizada a análise pela Anvisa  em 27/04/2015. A avaliação do dossiê de registro foi realizada dentro dos padrões estabelecidos pela Anvisa e por organismos internacionais de interesse na área, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o International Vaccine Institute (DVI). O assunto foi tratado com a maior brevidade possível, sendo mantidas todas as etapas necessárias e essenciais para  comprovação da sua qualidade, segurança e eficácia.
A vacina contra dengue produzida pela Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda. foi aprovada para a seguinte indicação terapêutica: prevenção da dengue causada pelos sorotipos 1, 2, 3 e 4 em indivíduos dos 9 aos 45 anos de idade e que moram em áreas endêmicas.  No momento não há dados suficientes para a comprovação da segurança de uso da vacina em  indivíduos  menores de 9 anos de idade, principalmente na faixa etária de 2 a 5 anos, bem como para os brasileiros maiores que 45 anos. O esquema de vacinação aprovado foi o intervalo de seis meses entre as doses.
A vacina apresentou uma eficácia global contra dengue confirmada contra qualquer sorotipo da dengue de 65,6% na população acima de nove anos de idade. A eficácia nessa população foi de 58,4% contra o sorotipo 1, 47,1% contra o sorotipo 2, 73,6% contra o sorotipo 3 e de 83,2% contra o sorotipo 4. Se considerarmos a forma da dengue que leva à hospitalização, a eficácia verificada da vacina foi de 80,8%. Ou seja, há uma proteção maior para casos de dengue considerados mais severos, que levam à internação dos pacientes.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)