terça-feira, 10 de novembro de 2015

Ministério da Saúde cria grupo de trabalho para apoiar estudo da fosfoetanolamina

Ministério da Saúde publicou na sexta-feira (30) portaria para apoiar os estudos clínicos e a produção da fosfoetanolamina, conhecida como “pílula do câncer". O medicamento causou polêmica após ser apontado como revolucionário no tratamento de câncer, mas não conta com estudos clínicos que comprovem seus benefícios. De acordo com o documento, que determina a criação de um grupo de trabalho, o Ministério passará a apoiar as etapas para o desenvolvimento clínico do medicamento. O INCA indicará um representante para integrar o grupo. 
“Estamos colocando à disposição do professor responsável pela síntese dessa molécula a possibilidade de submeter à fosfoetanolamina a todos os protocolos para verificar se a substância é ou não eficaz e por fim a essa celeuma. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso dessa substância até que os estudos sejam concluídos", orienta o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) integrará o grupo para orientar os pesquisadores na elaboração dos protocolos clínicos e documentações necessária. Já o INCA e a Fiocruz darão apoio para a realização de estudos clínicos. “A grande preocupação do Ministério da Saúde é que as pessoas deixem de realizar o tratamento adequado e que tem sua eficácia comprovado e passem a usar um medicamento que não tem cientificamente uma comprovação de benefícios e efetividade", alertou Castro.
 
A previsão é de que o grupo tenha um prazo máximo de 60 dias para apresentar o plano de trabalho das fases de desenvolvimento do projeto. A coordenação da iniciativa será de responsabilidade de um representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
 
Fonte: Instituto Nacional de de Câncer (INCA)

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