sexta-feira, 27 de novembro de 2015
INCA apresenta estimativa de casos de câncer para 2016
De acordo com as estimativas 2016/2017, o Brasil deverá registrar no próximo ano 596 mil casos de câncer. Entre os homens, são esperados 295.200 casos, e entre as mulheres, 300.800.
Os tipos de câncer mais comuns entre os homens serão o de Próstata; Traqueia, Brônquio e Pulmão; Cólon e Reto; Estômago; Cavidade oral. Entre as mulheres os tipos de cânceres mais incidentes serão o de Mama; Cólon e Reto; Colo do Útero; Traqueia, Brônquio e Pulmão; Estômago.
Alguns fatores estão diretamente ligados ao aparecimento do câncer.
-Estudos apontam fortes evidências entre o excesso de peso e o desenvolvimento do câncer.
-As carnes processadas podem causar câncer em razão do processamento industrial a que são submetidas como salga, defumação, cura e adição de conservantes.
-O tabagismo é responsável por cerca de 30% das mortes por câncer.
-Há evidências de que o uso de agrotóxicos está associado ao aumento do risco de câncer de próstata, principalmente de tumores mais agressivos.
As estimativas permitem conhecer a provável incidência dos principais tipos de câncer num determinado território para planejar ações e programas de controle além de auxiliar na definição de políticas públicas e alocação de recursos.
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Ministério da Saúde divulga boletim epidemiológico sobre microcefalia.
O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268); em seguida, estão Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).
O Ministério da Saúde enviou a todas as secretarias estaduais de saúde orientações sobre o processo de notificação, vigilância e assistência às gestantes e aos bebês acometidos pela microcefalia. Essas informações serão constantemente atualizadas.
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (17) o primeiro boletim epidemiológico sobre microcefalia. Até o momento, foram notificados 399 casos da doença em recém-nascidos de sete Estados da região Nordeste.
O maior número de casos foi registrado em Pernambuco (268), primeiro Estado a identificar aumento de microcefalia em sua região e que conta com o acompanhamento de equipe do Ministério da Saúde desde o dia 22 de outubro. Em seguida, estão Sergipe (44), Rio Grande do Norte (39), Paraíba (21), Piauí (10), Ceará (9) e Bahia (8).
A investigação desses casos está sendo realizada pelo Ministério da Saúde de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, com o apoio de instituições nacionais e internacionais.
Ainda não é possível ter certeza sobre a causa para o aumento de microcefalia que tem sido registrado nos sete Estados.
A Fiocruz, que participa das investigações, notificou nesta terça-feira (17) que o Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz concluiu diagnósticos que constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba, cujos fetos foram confirmados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia. O material genético (RNA) do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico, com o uso da técnica de RT-PCR em tempo real.
Apesar de ser um achado científico importante para o entendimento da infecção por Zika vírus em humanos, os dados atuais não permitem correlacionar inequivocamente, de forma causal, a infecção pelo Zika com a microcefalia.
Ações
Na semana passada, foi declarada Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional para dar maior agilidade às investigações. Trata-se de um mecanismo previsto para casos de emergências em saúde pública que demandem o emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.
Também está em funcionamento, desde o dia 10 de novembro, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), um mecanismo de gestão de crise que reúne as diversas áreas para responder a esse evento.
O Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados imediatamente por meio de um formulário online que, a partir desta quarta-feira (18), estará disponível a todas as secretarias de saúde.
Sobre as gestantes, é importante que elas mantenham o acompanhamento e as consultas de pré-natal, com a realização de todos os exames recomendados pelo médico.
A doença
A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é o que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
FONTE: Ministério da Saúde
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
Anvisa suspende lote do medicamento Losartana Potássica da empresa EMS/SA.
Está suspenso o lote 747759 do medicamento
Losartana Potássica 100 mg, comprimido revestido, da empresa EMS/SA. A empresa identificou a inversão das datas de fabricação e validade na embalagem do lote citado.
A cartela do lote com o erro de codificação contém a data de fabricação como sendo em dezembro de 2016 e a validade até dezembro de 2014.
Diante disso, a empresa enviou um comunicado de recolhimento voluntário, e a Anvisa determinou a suspensão da distribuição, comercialização e uso do lote citado.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
OMS classifica carnes processadas como cancerígenas
O consumo de carnes processadas, como salsicha, linguiça, bacon e presunto, aumenta o risco de câncer do intestino em humanos, afirma relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado nesta segunda-feira (26). De acordo com o documento, a carne processada é um fator de risco certo para a doença, e carnes vermelhas, de um modo geral, são fatores de risco "provável".
As carnes processadas agora estão classificadas no grupo 1 de carcinogênicos para os quais já há evidência suficiente de ligação com o câncer. Na mesma classificação estão tabaco, amianto e fumaça de óleo diesel. O relatório foi feito pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da OMS.
As carnes processadas agora estão classificadas no grupo 1 de carcinogênicos para os quais já há evidência suficiente de ligação com o câncer. Na mesma classificação estão tabaco, amianto e fumaça de óleo diesel. O relatório foi feito pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), da OMS.
Em artigo publicado na revista científica The Lancet, pesquisadores da Iarc, definem a carne processada como "produtos transformados por salgamento, curagem, fermentação, defumação e outros processos para realçar sabor ou melhorar a preservação".
Estudo de meta-análise (que avaliou diversos outros estudos) estima que cada porção diária de 50 gramas de carne processada aumente o risco de câncer colorretal em 18%. Esse tipo de câncer é hoje o segundo mais diagnosticado em mulheres e o terceiro em homens, e está matando 694 mil pessoas por ano (segundo dados de 2012 da OMS, os mais recentes).
Estudo de meta-análise (que avaliou diversos outros estudos) estima que cada porção diária de 50 gramas de carne processada aumente o risco de câncer colorretal em 18%. Esse tipo de câncer é hoje o segundo mais diagnosticado em mulheres e o terceiro em homens, e está matando 694 mil pessoas por ano (segundo dados de 2012 da OMS, os mais recentes).
A associação de embutidos com o risco de desenvolvimento de câncer já era conhecida, mas sua inclusão na lista negra da OMS serve de alerta para os brasileiros, que, segundo a nutricionista Sueli Couto, da Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA, têm aumentado o consumo de embutidos. Mesmo àqueles produzidos a partir de carnes brancas como peito de peru defumado, blanquet, e outros, são prejudiciais à saúde.
Esses produtos passam pelo mesmo processo nas indústrias que os feitos a partir da carne vermelha. São adicionadas substâncias para realçar o sabor e dar mais tempo nas prateleiras, enfatizou Sueli.
Carne vermelha
A carne vermelha - de boi, porco, carneiro, bode e cavalo - foi classificada pela Iarc como um carcinógeno (produto capaz de provocar câncer) "provável" e entrou na lista do grupo 2A. Esta classificação é reflexo de evidências limitadas de que a carne vermelha causa câncer. A carne vermelha é considerada uma fonte importante de nutrientes.
A carne vermelha - de boi, porco, carneiro, bode e cavalo - foi classificada pela Iarc como um carcinógeno (produto capaz de provocar câncer) "provável" e entrou na lista do grupo 2A. Esta classificação é reflexo de evidências limitadas de que a carne vermelha causa câncer. A carne vermelha é considerada uma fonte importante de nutrientes.
A recomendação é que seja ingerida até duas vezes na semana, podendo ser substituída, nos outros dias, pelas carnes brancas, ovos e outras combinações de alimentos com valor proteico semelhante, como arroz com feijão.
A alimentação saudável requer variedade e deve contemplar os diversos tipos de alimentos, dentre os quais destacam-se as frutas e hortaliças, considerados protetores contra o câncer. As carnes complementam a alimentação, porém, há que se observar que a quantidade consumida está relacionada com o risco de desenvolver câncer. Quanto maior o consumo, maior o risco de ter a doença, afirma Sueli.
"Essas descobertas dão mais suporte às recomendações sanitárias atuais para limitar o consumo de carne", afirmou Christopher Wild, diretor da Iarc. "Ao mesmo tempo, a carne vermelha tem valor nutricional", afirmou o médico, sugerindo que as novas recomendações não sejam encaradas de maneira alarmista. "Esses resultados são importantes para permitir governos e agências regulatórias internacionais para conduzirem avaliações de risco, de modo a equilibrar riscos e benefícios de comer carne vermelha ou processada e para fornecer as melhores recomendações diárias possíveis."
De acordo com o artigo, "a maior parte das carnes processadas contém porco ou boi, mas também pode conter outras carnes vermelhas, frango, miúdos (fígado, por exemplo), ou subprodutos da carne, como o sangue".
A classificação mais branda para a carne vermelha é reflexo de "evidências limitadas" de que ela causa câncer. O Iarc descobriu ligações principalmente com o câncer de intestino, mas também observou associações com tumores no pâncreas e na próstata.
De acordo com o artigo, "a maior parte das carnes processadas contém porco ou boi, mas também pode conter outras carnes vermelhas, frango, miúdos (fígado, por exemplo), ou subprodutos da carne, como o sangue".
A classificação mais branda para a carne vermelha é reflexo de "evidências limitadas" de que ela causa câncer. O Iarc descobriu ligações principalmente com o câncer de intestino, mas também observou associações com tumores no pâncreas e na próstata.
Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)
sexta-feira, 13 de novembro de 2015
Ministério da Saúde orienta as gestantes sobre os casos de Microcefalia
1- Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico;
2- Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
3- Não utilizar medicamentos sem a orientação médica;
4- Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;
5- Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipentes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água);
6- Proteger-se de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes indicados para gestantes;
Até que se esclarecem as causas do aumento da incidência dos casos de microcefalia na região Nordeste, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança. Nessa consulta, devem avaliar as informações e riscos de sua gravidez para tomar a sua decisão.
Não há uma recomendação do Ministério da Saúde para evitar a gravidez. As informações estão sendo divulgadas conforme o andamento das investigações. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família.
O Ministério da Saúde, em completa parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, continuará recebendo as ocorrências, dando apoio técnico e mantendo ativo o COES (Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública), para o estudo, a investigação e a definição do agente causador do aumento da ocorrência de microcefalia.
O boletim epidemiológico sobre os casos de microcefalia no país será divulgado na próxima terça-feira (17), com coletiva de imprensa.
FONTE: Portal Saúde - SUS.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Anvisa suspende lote de medicamento para câncer de mama.
O medicamento Letrozol está com o lote 397733 suspenso em todo o país. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proibiu a distribuição, comercialização e o uso do produto desse lote. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União, depois de reclamações sobre falhas na selagem do alumínio do blíster (a cartela com os comprimidos) no lote, que tem prazo de validade até junho de 2017. A caixa contém 30 comprimidos de 2,5 miligramas.
O Letrozol é indicado para o tratamento de câncer de mama avançado em mulheres que já passaram pela menopausa, que já foram tratadas com medicamentos inibidores do hormônio estrogênio.
A Anvisa determinou que o laboratório fabricante do lote, o Eurofarma, recolha todo o estoque que está nas farmácias.
Em nota, o Eurofarma informou que recolheu todo o lote, de forma voluntária, antes mesmo da recomendação da Anvisa, e que todos os clientes foram informados sobre a suspensão. Segundo o laboratório, medidas para corrigir o problema foram tomadas e novos lotes já foram produzidos.
FONTE: ANVISA
FONTE: ANVISA
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
Exame PSA não prolonga a vida dos homens
Imagem Ilustrativa |
Novembro
mal começou e o bombardeio de informações sobre o câncer de próstata e a
importância do PSA (antígeno prostático específico) está a todo vapor. De
shoppings center a planos de saúde, todos estão mobilizados em torno da
campanha Novembro Azul.
Há uma
sucessão de equívocos nessa iniciativa. Primeiro porque parece que a saúde do
homem se resume a essa glândula localizada na parte baixa do abdômen. Perde-se
aí uma ótima oportunidade para discutir outras coisas que realmente terão
impacto na saúde masculina, como prática de atividade física, os maus hábitos
(uso de álcool e outras drogas, tabaco etc), os acidentes de trânsito e a
checagem dos níveis da pressão arterial e da glicemia.
O outro
equívoco é ainda mais sério. Cada vez mais as evidências científicas
contraindicam a realização do PSA de rotina, em qualquer idade. Mas parece que,
por desconhecimento ou interesses outros, as campanhas têm ignorado esse fato.
Por aqui, há poucas vozes discordantes, uma delas é da Sociedade Brasileira de
Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que distribuiu nota à imprensa sobre
o assunto.
Para
começar, a SBMFC explica o conceito do rastreamento e porquê ele não se aplica
ao exame da próstata. Rastreamento significa uma ação feita para identificar
uma doença (ou fator de risco) antes que ela se manifeste ou piore, com o
objetivo de diminuir o adoecimento e a mortalidade. Ou seja, fazer as pessoas
viverem mais e melhor.
É o que
acontece, por exemplo, quando a pessoa faz uma sorologia de HIV ou uma coleta
de papanicolau. Mas não é o que ocorre com o câncer da próstata e com o foco da
campanha Novembro Azul.
A
campanha diz que "a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é
o diagnóstico precoce", e recomenda que todos os homens com mais de 50
anos (ou 45, no caso de negros e parentes de primeiro grau de indivíduos que
tiveram a doença) procurem anualmente um urologista para fazer o exame de toque
retal e a dosagem de PSA no sangue.
A SBMFC
lembra que essa não é a recomendação de respeitadas instituições nacionais e
estrangeiras. Em 2012, o United States Preventive Services Task Force (USPSTF)
passou a contraindicar o rastreamento de câncer de próstata baseado em PSA para
homens americanos de qualquer idade.
Em 2013,
o Instituto Nacional de Câncer (INCA) passou a recomendar que não se
organizassem programas de rastreamento para o câncer da próstata, e que homens
que demandassem espontaneamente a realização de exames de rastreamento fossem
informados por seus médicos sobre os riscos e benefícios associados a essa
prática, "por existirem evidências científicas de boa qualidade de que o
rastreamento do câncer de próstata produz mais dano do que benefício".
Outras
entidades reconhecidas internacionalmente, como o Canadian Task Force on
Preventive Health Care, o American Academy of Family Physicians e o United
Kingdom National Screening Comittee, fazem recomendações semelhantes.
Os
estudos que levaram a essas recomendações acompanharam milhares de homens por
mais de dez anos, e mostraram que fazer PSA com ou sem toque retal não diminui
a mortalidade geral dos homens, e muda muito pouco a mortalidade específica por
câncer de próstata. Em outras palavras, lembra a SBMFC, homens que fazem o exame
não morrem mais velhos, e morrem muito pouco menos de câncer de próstata.
Esse
pequeno benefício não compensa os potenciais malefícios, quase sempre
relacionados à realização desnecessária de biópsia prostática (um procedimento
que pode provocar sangramentos, febre, infecção prostática e retenção
urinária), o impacto psicológico causado por um resultado falso positivo, e as
sequelas do tratamento (é muito comum que os homens tenham incontinência
urinária ou impotência sexual após a retirada da próstata).
Isso
acontece porque o exame não consegue diferenciar cânceres graves e mortais de
cânceres que cresceriam lentamente e não viriam a matar o homem, ou seja,
muitos acabam tendo os malefícios desnecessariamente, explica a nota.
"A
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade considera que os
homens, de fato, precisam dar e receber mais atenção à sua saúde, mas as
evidências científicas mais recentes deixam claro que isso não deve ser feito
através da dosagem do PSA ou realização de toque retal em pessoas que não
apresentam qualquer sintoma. Médicos e médicas devem, por uma questão ética,
fornecer todas as informações relevantes para que seus pacientes possam decidir
de forma esclarecida sobre questões relacionadas à própria saúde."
A
manifestação da SBMFC é uma ótima oportunidade para que as entidades melhorem o
nível de campanhas que visem a educação em saúde. Omitir esses dados na
campanha Novembro Azul é um desserviço aos homens, às suas famílias, e aos
sistemas de saúde, que desperdiçam recursos que poderiam estar sendo mais bem
usados em ações efetivas de prevenção e promoção à saúde.
Fonte:
CFF (Conselho Federal de Farmácia)
Autor:
Claudia Colluci – Folha de São Paulo - Site
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Ministério da Saúde cria grupo de trabalho para apoiar estudo da fosfoetanolamina
O Ministério da Saúde publicou na sexta-feira (30) portaria para apoiar os estudos clínicos e a produção da fosfoetanolamina, conhecida como “pílula do câncer". O medicamento causou polêmica após ser apontado como revolucionário no tratamento de câncer, mas não conta com estudos clínicos que comprovem seus benefícios. De acordo com o documento, que determina a criação de um grupo de trabalho, o Ministério passará a apoiar as etapas para o desenvolvimento clínico do medicamento. O INCA indicará um representante para integrar o grupo.
“Estamos colocando à disposição do professor responsável pela síntese dessa molécula a possibilidade de submeter à fosfoetanolamina a todos os protocolos para verificar se a substância é ou não eficaz e por fim a essa celeuma. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso dessa substância até que os estudos sejam concluídos", orienta o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) integrará o grupo para orientar os pesquisadores na elaboração dos protocolos clínicos e documentações necessária. Já o INCA e a Fiocruz darão apoio para a realização de estudos clínicos. “A grande preocupação do Ministério da Saúde é que as pessoas deixem de realizar o tratamento adequado e que tem sua eficácia comprovado e passem a usar um medicamento que não tem cientificamente uma comprovação de benefícios e efetividade", alertou Castro.
A previsão é de que o grupo tenha um prazo máximo de 60 dias para apresentar o plano de trabalho das fases de desenvolvimento do projeto. A coordenação da iniciativa será de responsabilidade de um representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
“Estamos colocando à disposição do professor responsável pela síntese dessa molécula a possibilidade de submeter à fosfoetanolamina a todos os protocolos para verificar se a substância é ou não eficaz e por fim a essa celeuma. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde é que as pessoas não façam uso dessa substância até que os estudos sejam concluídos", orienta o ministro da Saúde, Marcelo Castro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) integrará o grupo para orientar os pesquisadores na elaboração dos protocolos clínicos e documentações necessária. Já o INCA e a Fiocruz darão apoio para a realização de estudos clínicos. “A grande preocupação do Ministério da Saúde é que as pessoas deixem de realizar o tratamento adequado e que tem sua eficácia comprovado e passem a usar um medicamento que não tem cientificamente uma comprovação de benefícios e efetividade", alertou Castro.
A previsão é de que o grupo tenha um prazo máximo de 60 dias para apresentar o plano de trabalho das fases de desenvolvimento do projeto. A coordenação da iniciativa será de responsabilidade de um representante da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
Fonte: Instituto Nacional de de Câncer (INCA)
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
Novos medicamentos para hepatite C começam a ser distribuídos em novembro.
A partir do início de novembro, dois novos medicamentos para hepatite C – sofosbuvir e daclatasvir – começam a ser distribuídos na rede pública de saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, a nova terapia aumenta as chances de cura e diminui o tempo de tratamento da doença.
Ainda segundo a pasta, os dois medicamentos atendem cerca de 80% dos pacientes que farão uso da nova terapia, composta também pelo simeprevir, com distribuição prevista para dezembro.
Os medicamentos vão beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente – entre eles, pessoas com HIV, cirrose descompensada, em situação de pré e pós transplante e pacientes com má resposta à terapia com interferon. Ao todo, 30 mil pessoas serão beneficiadas no período de um ano. O ministro da Saúde, Marcelo Castro, avaliou a disponibilização dos medicamentos como um momento singular na história da saúde pública brasileira e equiparável ao início da distribuição de medicamentos antirretrovirais no país.
Ele lembrou que a hepatite C acomete atualmente cerca de 1,4 milhão de brasileiros.
"Temos agora drogas revolucionárias e inovadoras, que colocam o Brasil numa posição de vanguarda no tratamento", disse. "Podemos dizer, com segurança, que nenhum brasileiro que preencha o protocolo preconizado pela Organização Mundial da Saúde deixará de receber seu tratamento", completou.
O secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi, disse que o novo protocolo de tratamento para hepatite C foi anunciado em julho deste ano. Segundo ele, as doses já chegaram ao almoxarifado do ministério e começam a ser distribuídas ainda hoje.
"Posteriormente, serão encaminhadas a todos os 25 estados da federação" disse, ao descartar que a chegada aos municípios vai depender da redistribuição por parte das secretarias estaduais de saúde. O investimento total para a oferecer os três medicamentos no Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o ministério, é de quase R$ 1 bilhão. O custo por tratamento é de cerca de US$ 9 mil.
O tratamento para hepatite C oferecido na rede pública desde 2012 é composto por dois esquemas terapêuticos – as terapias dupla e tripla com o interferon peguilado – e têm duração de 48 semanas.
Dados da pasta mostram que, nos últimos 13 anos, foram confirmados 120 mil casos de hepatite C no Brasil e realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente, 10 mil casos são notificados todos os anos no país. A estimativa é que a doença seja responsável por 350 a 700 mil mortes ao ano em todo o mundo, sendo 3 mil delas no Brasil.
Ainda de acordo com o ministério, a hepatite C é uma doença de poucos sintomas. As causas mais comuns de infecção na década de 80 eram as transfusões de sangue e as infecções hospitalar, mas a contaminação também pode acontecer por meio do compartilhamento de objetos de uso pessoal e para uso de drogas.
FONTE: Ministério da Saúde
FONTE: Ministério da Saúde
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Conselho de Farmácia autua a USP por produção de fosfoetanolamina
O Conselho Regional de Farmácia de São
Paulo (CRF-SP) autuou a Universidade de São Paulo (USP) por conta da
produção da fosfoetanolamina sintética. Segundo o presidente da
entidade, fiscais estiveram no laboratório em que a substância é
produzida, no campus de São Carlos, e verificaram que o processo não
segue normas como controle de qualidade, o que levou à aplicação de uma
multa e a um comunicado à Vigilância Sanitária. Por conta do feriado, os
representantes da universidade e do órgão municipal não foram
localizados.
Distribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina, alardeada como cura para diversos tipos de câncer, não passou por testes em humanos necessários para se saber se é mesmo eficaz, e por isso não é considerada um remédio, como destaca a própria universidade. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos. Tampouco se sabe qual seria a dosagem adequada para tratamento. Relatos de cura com o uso dessa substância não são cientificamente considerados prova de eficácia, já que não tiveram acompanhamento adequado de pesquisadores.
Questionado sobre o porquê de os fiscais visitarem o laboratório apenas na última semana, uma vez que o produto é sintetizado e distribuído há anos, Pedro Eduardo Menegasso afirmou que o órgão não tinha conhecimento da produção até a divulgação na mídia e que o CRF não costuma fiscalizar universidades.
“No conselho, a gente fiscaliza o trabalho com medicamentos. O instituto em São Carlos é uma faculdade de química, um laboratório didático”, justificou, apontando que o órgão agiu diante do posicionamento da Justiça sobre o assunto.
“Não é um medicamento porque não tem registro no Brasil como medicamento, o problema é que a Justiça transformou em medicamento a partir do momento em que obrigou o laboratório a fornecer para as pessoas como medicamento. É o primeiro caso, no Brasil, em que você tem um produto experimental transformado à força em um medicamento por força da Justiça", afirmou Menegasso.
Com esse entendimento, cabe ao CRF fazer a vistoria. “Se você está falando de medicamento, existe a necessidade de ter farmacêutico, existe a necessidade de ter uma produção organizada, com controle de qualidade e todos os procedimentos, porque é um produto para uso humano”, explicou.
Vistoria
A vistoria foi realizada no último dia 28. Segundo Menegasso, os fiscais verificaram que não há boas práticas de produção, controle de qualidade, e farmacêutico responsável na fabricação e na dispensação, todos fatores obrigatórios, e a universidade terá de se adequar.
“Não temos o poder de interditar o laboratório. Por ser uma fiscalização administrativa, o que nós fazemos é a autuação, emissão de intimação dando um prazo imediato para a regularização, e comunicamos as autoridades, a Vigilância Sanitária, que têm o poder de exigir com outra propriedade a regularização”, disse Menegasso.
Foi aplicada uma multa que será calculada nos próximos dias, mas, conforme adiantou o órgão, deverá ter valor simbólico, e não houve comunicação à polícia, como acontece em outras situações. “Quando existe uma infração que extrapola a questão sanitária, do ponto de vista criminal ou algo assim, nós comunicamos a polícia, mas não é o caso. No caso, estão infringindo apenas normas sanitárias”.
Posição do ConselhoDistribuída pela USP de São Carlos por causa de decisões judiciais, a fosfoetanolamina, alardeada como cura para diversos tipos de câncer, não passou por testes em humanos necessários para se saber se é mesmo eficaz, e por isso não é considerada um remédio, como destaca a própria universidade. Ela não tem registro na Anvisa e seus efeitos nos pacientes são desconhecidos. Tampouco se sabe qual seria a dosagem adequada para tratamento. Relatos de cura com o uso dessa substância não são cientificamente considerados prova de eficácia, já que não tiveram acompanhamento adequado de pesquisadores.
Questionado sobre o porquê de os fiscais visitarem o laboratório apenas na última semana, uma vez que o produto é sintetizado e distribuído há anos, Pedro Eduardo Menegasso afirmou que o órgão não tinha conhecimento da produção até a divulgação na mídia e que o CRF não costuma fiscalizar universidades.
“No conselho, a gente fiscaliza o trabalho com medicamentos. O instituto em São Carlos é uma faculdade de química, um laboratório didático”, justificou, apontando que o órgão agiu diante do posicionamento da Justiça sobre o assunto.
“Não é um medicamento porque não tem registro no Brasil como medicamento, o problema é que a Justiça transformou em medicamento a partir do momento em que obrigou o laboratório a fornecer para as pessoas como medicamento. É o primeiro caso, no Brasil, em que você tem um produto experimental transformado à força em um medicamento por força da Justiça", afirmou Menegasso.
Com esse entendimento, cabe ao CRF fazer a vistoria. “Se você está falando de medicamento, existe a necessidade de ter farmacêutico, existe a necessidade de ter uma produção organizada, com controle de qualidade e todos os procedimentos, porque é um produto para uso humano”, explicou.
Vistoria
A vistoria foi realizada no último dia 28. Segundo Menegasso, os fiscais verificaram que não há boas práticas de produção, controle de qualidade, e farmacêutico responsável na fabricação e na dispensação, todos fatores obrigatórios, e a universidade terá de se adequar.
“Não temos o poder de interditar o laboratório. Por ser uma fiscalização administrativa, o que nós fazemos é a autuação, emissão de intimação dando um prazo imediato para a regularização, e comunicamos as autoridades, a Vigilância Sanitária, que têm o poder de exigir com outra propriedade a regularização”, disse Menegasso.
Foi aplicada uma multa que será calculada nos próximos dias, mas, conforme adiantou o órgão, deverá ter valor simbólico, e não houve comunicação à polícia, como acontece em outras situações. “Quando existe uma infração que extrapola a questão sanitária, do ponto de vista criminal ou algo assim, nós comunicamos a polícia, mas não é o caso. No caso, estão infringindo apenas normas sanitárias”.
“Esses pacientes que estão recebendo esse suposto medicamento via
Justiça poderiam fazer parte de um estudo, aí estaria regularizado o
fornecimento para eles”, disse Menegasso, ressaltando a importância de
testes que comprovem a eficácia do composto.
“Nossa posição é que, se existe potencial para essa substância se
transformar em medicamento, a obrigação do governo brasileiro é
coordenar esforços para que isso seja realidade, para que haja pesquisa
clínica, para que se conclua rapidamente”, afirmou.
No dia 30, após uma audiência pública discutir o composto no Senado, o
governo federal oficializou a criação de um grupo de trabalho para
apoiar as etapas necessárias para o desenvolvimento clínico da
fosfoetanolamina sintética.
Fonte: Conselho Federal de Farmácia.
terça-feira, 3 de novembro de 2015
Novembro Azul: Prevenção do Câncer de Próstata
O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte
por câncer em homens, seguido apenas pelo câncer de pulmão. As estimativas do
Instituto Nacional de Câncer, para 2014/2015, são de cerca de 68.800 novos
casos de câncer de próstata. Este tipo de câncer ocorre principalmente em
homens mais velhos, e a média de idade no momento do diagnóstico é de cerca de
66 anos.
Os pesquisadores descobriram alguns fatores de risco que
podem levar ao câncer de próstata, porém sua causa exata ainda não é conhecida.
Nos últimos anos, os pesquisadores começaram a entender como algumas mutações
no DNA das células podem fazer com que as células normais da próstata se
desenvolvam de maneira anormal formando o câncer. As alterações no DNA podem
ser hereditárias ou adquiridas ao longo da vida.
O câncer de próstata em estágio inicial geralmente não
causa sintomas, enquanto em estágio avançado pode causar alguns, por exemplo:
- Micção freqüente;
- Fluxo urinário fraco ou interrompido;
- Impotência;
- Vontade de urinar frequentemente à noite;
- Sangue no líquido seminal;
- Dor ou ardor durante a micção;
- Fraqueza ou dormência nas pernas ou pés.
- Perda do controle da bexiga ou intestino devido à pressão do tumor sobre a medula espinhal;
Vale salientar que doenças benignas da próstata, como
hiperplasia prostática também causam os mesmos sintomas. Dessa forma, é
importante manter o médico informado sobre qualquer um desses sintomas para que
a causa seja diagnosticada e tratada de imediato.
Fonte: Oncoguia.
Pílula Inteligente Regula a Ingestão de Medicamentos
Imagem Ilustrativa |
A
pílula inteligente contém um transmissor eletrônico, que tem o tamanho de um
grão de areia. Depois de ser engolida, ela vai para o sistema digestivo e é
dissolvida pelo suco gástrico. Quando isso acontece, os ácidos presentes no
suco entram em contato com o transmissor eletrônico - que é feito de cobre e
magnésio.
Isso gera uma reação de
oxirredução, em que o magnésio doa elétrons para o cobre, criando uma corrente
de energia, conduzida pelo meio ácido. O transmissor entra em ação e envia
pulsos elétricos para um sensor - um pequeno adesivo, que a pessoa deve colar na
barriga. O sinal é verificado e enviado para o smartphone do paciente e do seu
médico, avisando se a pílula foi tomada.
A nova tecnologia, que se chama Proteus e ainda aguarda
aprovação da agência reguladora norte-americana, FDA, é um meio de garantir que
os pacientes realmente estão ingerindo os medicamentos com a frequência
recomendada, já que estudos apontam que aproximadamente metade das pessoas não
toma os medicamentos de acordo com a orientação médica.
Fonte:
CFF (Conselho Federal de Farmácia)
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